sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Um dia, uma vida. CAP 12 - Surpresinha. (FIC Alex Band)

Surpresinha 



Despertei.

Abri meus olhos assim que pude sentir o sol queimando meu rosto. Já era meio dia.
Peguei meu celular na mão para ver se havia algum sinal de vida de um certo alguém. Mas não. Não havia nem um sinal, o que já era previsto. Ele esqueceu de mim. 
Me usou, prometeu que não iria se esquecer, mas esqueceu.

Apenas mais uma garota sem rumo agora.
Fui para minha cama, sem fome, sem nada. Apenas para minha cama. Deitei minha cabeça no travesseiro e ali fiquei pensando no Alex. O quanto ele era importante pra mim. Havia levado meu celular junto comigo. Então peguei ele na mão, olhei para ele fixamente e pensei em mandar uma mensagem. Pensei mesmo em mandar uma mensagem, ao menos perguntando como ele está, se está bem. Só isso... era pedir muito?
Enfim, se não era, eu fiz. Mandei a mensagem perguntando como ele estava, se ele se sentia realizado...
Não recebi resposta.
Sem fome, na cama, adormeci ali mesmo. Acordei no meio da tarde com um barulho no meu celular. Era a tão esperada mensagem. Confesso que tremi por uns segundos, de alegria.
Abri logo, porque queria ler rápido.

"Oi anjo, estou bem e você? Desculpe mas não entendi a sua pergunta... Se eu estava realizado? Bom, por um lado estou. Beijos, All the love."

Esse "por um lado estou"... Fiquei pensando, será que essa frase ele se referiu a mim? Bom, não irei responder. Só havia mandado para fins de saber se ele ainda estava presente. Se não havia fugido. 
Liguei a TV para ver mais um filme... 

Queria vê-lo mas ele já havia partido para Los Angeles. O que restava mesmo em mim, era esquecer disso e me focar na minha faculdade.

Minhas últimas três semanas foram bem tranquilas, apesar de alguns desconfortos emocionais, eu já não sentia tanta falta dele, mesmo ele fazendo parte das minhas lembranças, minha vida, tive que me acostumar com a sua ausência. Nos falávamos por sms, às vezes até mesmo pela webcam. Nada muito envolvente mas pude perceber algumas vezes em que ele citou que eu também fazia falta para ele. Não muito, mas fazia. E eu explodia de alegria com isso... Queria vê-lo mas não podia, queria senti-lo mas não conseguiria, a distância é uma droga mesmo! 

Sábado à noite.
Chamei Maya para passar a noite comigo em casa. Estava sozinha e não estava me sentindo muito bem. 
Era 8 horas da noite e Maya já estava na porta de casa berrando.
Abri a porta para ela, eu estava pálida, Maya notou minha aparência.
E então ficou preocupada. Minha pressão estava abaixo do normal e eu estava prestes a desmaiar. Não deu outra. Apaguei.

Abri meus olhos e notei que estava num quarto diferente, era o hospital.
Tomando soro e Maya cuidando de mim. Minha irmãzinha...

Os médicos dos hospitais públicos não davam muita importância para um desmaio ou qualquer coisinha a toa, então me liberaram logo em seguida para que eu não ficasse ocupando espaço dos necessitados.
Maya dirigiu até minha casa e então entramos. Ela perguntou o que havia acontecido comigo, o porquê de eu estar assim. Mas antes sequer de ouvir minha resposta ela sussurrou baixinho "maldito Alex!". Mesmo não sendo ele o causador disso

Eu não sabia o que era... E nem tinha suspeitas. Enfim deixei assim e fomos dormir cedo.
Durante a noite me senti horrível, muito mal mesmo. Corri para o banheiro vomitar. Eu deveria estar com alguma intoxicação ou algo do tipo. Lá foi eu e Maya para o hospital de novo, tomar soro e ficar deitada naquela cadeira confortável. 
Então o médico me chamou e fez um relatório de perguntas, o que eu havia comido, ingerido, por onde eu andei... Poderia até ser uma virose que peguei por aí. Ou não. Me levaram para fazer o exame de sangue, assim saberia se estava com alguma virose, intoxicação ou até algum problema de saúde.

Aguardei uma hora mais ou menos para o resultado sair. Maya estava do meu lado o tempo todo, aguardando e morrendo de sono. Coitada. Assim que o médico me chamou, fui para a sala dele caminhando lentamente.

Sentei na cadeira e esperei com Maya do meu lado apoiando suas mãos em meus ombros. Eu estava pálida ainda. Assim que o médico examinou bem, pegou os papéis na mão, então ele olhou seriamente para os papéis, e em seguida para mim. Então ele riu, eu queria saber o motivo da graça. Poderia não ser problema algum, senão ele não teria rido de mim. Ficou alguns minutos lendo o papel até que olhou seriamente para mim e disse "parabéns mamãe".
PRONTO NÉ! Eu desmaiei ali na hora. Acordei novamente deitada em uma cadeira confortável. Maya estava com um sorriso de ponta a ponta para mim. Ela só estava esperando eu acordar para me encher de dengos e mimos. Isso não poderia ser verdade. Não. Não poderia ser. Alex esqueceu de se prevenir no dia em que perdi minha VIRGINDADE. E agora? Estou grávida. De alguém que nem me verá mais tão cedo. Comecei a chorar muito. Eu não queria isso para minha vida. Eu tinha uma faculdade para seguir. Emprego, e não tinha minha mãe do meu lado. Decidi ir para casa, levei os exames comigo. Maya me levou para casa e então eu pedi para que me deixasse sozinha para poder pensar, refletir. E assim foi. Me deixou na porta de casa e que iria me ver se eu precisasse. Entrei em casa e meu mundo caiu. 





Sinceramente eu estava sofrendo muito. Eu nunca fui assim. Meu humor decaía a cada minuto. Resolvi tentar ligar para ele. Nada de resposta. Mandei mensagem no celular, Facebook, twitter, e-mail e tudo, e nada de retorno. Estava desistindo disso. Com quem mais eu poderia contar? 
Ninguém.

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